Iguatu – Ce, 28 de maio de 2018.
Querido grande amor,
Faz algum tempo que não nos vemos, desde então posso afirmar que um turbilhão de emoções me invade constantemente fazendo-me muitas vezes sucumbir. Sei que sou culpada por diversas coisas, inclusive por nunca ter dito o quão extraordinário você era antes de me deixar. É, eu poderia ter te falado, mas como muitos decido abrir meu coração tarde demais.
Agora, com lágrimas nos olhos, que vez ou outra deixo escorrer por minha face, venho por meio desta carta pôr um ponto final neste assunto que parece interminável. Eu poderia citar todas as suas características, poderia relembrar a profundidade dos nossos momentos juntos e te homenagear de todas as formas possíveis, mas infelizmente isso não te traria de volta, então mais uma vez caminhos diferentes serão traçados e a sua ausência mesmo que involuntariamente desaparecerá pouco a pouco.
Desculpe-me, mas logo esquecerei seu cheiro e esse peso que paira sobre mim se transformará apenas em mais um vazio, esta sombra que me persegue logo irá virar um fantasma, intocável, parado no tempo, e essa carta que jamais chegará ao seu destinatário ocupará um pequeno espaço no fundo da minha gaveta. Eu te amo, mas você precisa saber que o esquecimento é de certa forma inevitável.
Com amor.
(Carta produzida como proposta de redação para turma de 1º ano do ensino médio pela aluna Fernanda Vitória, do Colégio Pólos, em 28 de maio de 2018)
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