domingo, 16 de junho de 2013

FACEBOOK: Rede social ou vício social?

                       Não há nenhuma novidade em dizer que a rede social do Facebook é a maior página de acesso à internet existente hoje no planeta. Pra se ter uma idéia das dimensões que esta rede já alcançou, na atualidade o Facebook possui mais de 900 milhões de usuários, sendo 42% destes localizados no continente americano. Com os avanços tecnológicos, o acesso rápido à internet de qualquer parte do mundo, a comercialização de celulares, tablets, computadores etc, e por conta de tamanha busca na utilização desta mídia social, acabou que um problema foi gerado. As pessoas têm se tornado dependentes da internet, a ponto de terem suas vidas absolutamente expostas para quem quiser ver e conhecer.
                        É visível a constante prática das pessoas verificarem os seus perfis no Facebook de maneira que isso, muitas vezes, vem a prejudicar seus reais afazeres. É só ver e conferir ao seu redor. Há pessoas acessando a internet nas salas de aula em horários inconvenientes, no ambiente de trabalho entre uma ação e outra, nos bancos das igrejas durantes os sermões do padre, nos diálogos com as paqueras, a caminho de casa na volta do trabalho ou da escola, numa roda de amigos, nos restaurantes, e por aí vai. Os artistas da música e apresentadores de televisão são exemplos práticos desse tipo de comportamento. Um minuto antes de subir ao palco para fazer um show, dão aquela “velha” conferida nas atualizações e logo que o show acaba saem correndo para revelar aos fãs como tudo aconteceu. Não há ilegalidade em fazer isso, não é contra a lei, nada há de irregular. O problema é que o vício no Facebook pode ser uma pedra no caminho de suas atividades cotidianas. É muito mais prático construir relacionamentos online do que os relacionamentos pessoais. Isso é óbvio.
                        Um estudo realizado pela empresa norte-americana Internet Time Machine revela que o vício na rede social do Facebook já tem mais procura por soluções do que a dependência de sexo ou cigarro. Em países como China, Taiwan e Coreia do Sul, o “Transtorno de vício em internet” já é aceito como um diagnóstico psicológico. Possivelmente estes termos já estejam em evidência nos consultórios de psicologia de nosso país. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Bergen, na Noruega, as principais vítimas na dependência em Facebook são as mulheres e os jovens.
                        É hipocrisia dizer que, para nós usuários, não é satisfatório ver uma notificação de vermelho sobre aquele globo azul no alto da tela. O detalhe está em você conferir suas notificações uma vez por dia, ou mais, e em conferir uma vez a cada cinco ou dez minutos. Quanto mais coisas expomos, mais corremos o risco de sermos criticados ou elogiados, curtidos ou compartilhados, e para tanto, é preciso cautela, pois podemos ser alvo de zombarias sem nem ao menos termos noção do que se passa em nosso meio. Você pode estar sendo alvo de bandidos da internet, de pessoas invejosas, de corruptos, pedófilos, etc. Muita coisa boa rola nas páginas e postagens do Facebook, mas muita coisa ruim também está lá.
                        Quero deixar bem claro que não há nada de errado em usar o Facebook (até porque eu também o faço), mas é preciso que saibamos usá-lo de modo coerente sem nos tornarmos escravos desta mídia que a cada dia cresce mais, aumenta mais os seus lucros, e nós que permanecemos sempre na mesma vida de sempre, expondo as nossas intimidades a cada segundo que passa. Encerro minhas palavras citando uma frase popular da qual passei toda a minha infância e adolescência ouvindo o meu pai dizer assim: “Filho, tudo demais é veneno”. Fica a dica!

CURSO REDIGIR IGUATU

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Curso específico de Língua Portuguesa e Redação para ENEM, concursos e outros vestibulares.