Fotografia feita por Patrícia Ferreira |
Uma das mais belas dádivas divinas, dom de contemplação e encantamento, remédio para a alma, é a veneração de um belo Pôr do Sol. Deus ali se manifesta em sua imensidão no repousar da luz vibrante penetrando a profundidade do horizonte crepuscular. A beleza com que se manifestam os primeiros sinais da noite é digna de grandes representações artísticas nas mais diversas vertentes. O sensível coração que sabe reconhecer esta graça celestial inevitavelmente se comove com a formosura de tão bela visão. O aflito pensamento se acalma; a alma inquieta se alegra; o olhar entristecido brilha na euforia deste dom; o corpo paralisa frente à intensidade e lentidão com que se põe o Astro Rei. Indistintamente esta é uma graça que alcança a todos, todavia a poesia escrita pelo próprio Arquiteto do Universo nem sempre recebe as condecorações necessárias. Quem nunca parou o carro na estrada, interrompeu sua caminhada, impactou-se quando visualiza um majestoso sol poente? É divindade dada gratuitamente à criação humana para que ali se perceba que dias difíceis vêm, atravessam seu curso natural e se escondem ou desaparecem para a calmaria de ventos brandos e aconchegantes noites. E assim se faz o eterno fluxo do nosso viver: de renovação!
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