terça-feira, 19 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Esses são os meninos de hoje
Na sala de aula, com seus alunos, o professor estava analisando aquele famoso poema de Carlos Drummond de Andrade:
"No meio do caminho tinha uma pedra.
Tinha uma pedra no meio do caminho.
E eu nunca me esquecerei
Que no meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho."
Depois de ter explicado exaustivamente, que ao analisarmos um poema, podemos detectar as características da personalidade do autor, implícitas no texto, o professor pergunta:
Joãozinho, qual a característica da personalidade de Carlos Drummond de Andrade que você pode perceber neste poema?
- Professor, das duas uma: ou ele era traficante ou era usuário!!!
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Versos Avulsos 4
"Voz solitária que proclama,
ouvidos múltiplos desatentos...
Mestre que atenciosamente educa;
Aprendizes desapercebidos...
Um clamor exaustivo por silêncio;
Uma teimosia estressante por barulho...
Professor e aluno, respectivamente!"
Prof. Lincoln Lavor
ouvidos múltiplos desatentos...
Mestre que atenciosamente educa;
Aprendizes desapercebidos...
Um clamor exaustivo por silêncio;
Uma teimosia estressante por barulho...
Professor e aluno, respectivamente!"
Prof. Lincoln Lavor
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Metanoia
Pesadelo! Desespero e aflição... Não consigo chegar ao meu objetivo. Longe, bem longe eu avisto um feixe de luz que reflete em meus olhos e chama pelo meu nome com uma voz angustiada por ver fraquejar aquele a quem tanto ama. Sinto-me perto e longe ao mesmo tempo. Acho fácil, mas confesso que é difícil. Valorizo-me, porém sou um condenado a fracassar. Caminho a passos lentos por uma estrada de areia cheia de pedras, cacos de vidro, espinhos e galhos secos.
Começo meu trajeto de pé, firme, ereto. Logo me vem um formigamento nas pernas, uma inquietude penetrante e já perco as forças. Caio de joelhos! Tento prosseguir (e dessa forma já será bem mais árduo), mas o meu corpo ferve como larva ardente à boca de um vulcão e, de cara, ponho-me a descansar. Quero continuar e preciso fazer isso ou verei o meu fim e minhas visões tornar-se-ão verdade. Agora, perdido nos meus ideais, com vontade de deixar tudo pela frente e voltar, sigo engatinhando. No caminho me aparece uma enorme quantidade de mulheres. Inúmeras, de todas as qualidades, de todos os jeitos, casadas, solteiras, velhas, novas, crianças, muitas... Mas, um pouco à frente um anjo brilha singelo ao alcance da minha vista e isso me anima um pouco. No entanto todas aquelas mulheres agarram-me e puxam-me para trás, deixando-me cansado ao dobro. E isso me desmotiva por inteiro. Pronto! É hora de desistir. Já não dá mais para insistir.
Joelhos rasgados, mãos calejadas, um peso na consciência, uma fadiga corporal, os olhos cansados, um coração dilacerado, um homem e sua própria miséria. A luz é meu clímax. O alto daquele brilho é o ponto de chegada. Vejo que muito andei e que pouco fiz. Mas quero continuar. No fundo eu acho que devo continuar.
De pé não dá mais. De joelhos é impossível. Engatinhando, muito pior. O jeito é seguir rastejando como tartaruga que carrega o seu próprio peso lentamente. É assim que vai ser. Continuo minha peleja, agora com o peito ferido externa e internamente. Nem sei se meus órgãos vitais irão suportar. O anjo ainda olha-me com o mesmo amor de sempre. Isso é incrível e me incomoda às vezes. Mas à luz eu tenho que ir. Chuva, tempestades de areia, falta de companheirismo, solidão, fome, sede, aflição... Gritar? Como? Nem em pensamentos!
Eu chego lá. Eu chegarei lá, mesmo que desfigurado pelas maldades que me consomem, pelos vícios, pelas palavras em vão, pelas atitudes incertas, mas eu vou estar lá. E comigo vai a minha persistência irritante. Anos a finco, muita luta. Lágrimas molham o meu rosto não pela dor, que é grande, mas porque já não posso mais.
Então, deu-se o fim. Fiquei pelo caminho! Perdi a batalha...
Calma! Não... Por que esse anjo brilhante não se apieda de mim e desaparece? Por que meus olhos queimam e não posso ver o meu próprio fim? Que luz é essa que de mim se aproxima e faz o meu coração acelerar? O que é isso que reaviva meu corpo e me põe de joelhos novamente? Por favor, identifique-se. Olhe meu estado humilhante. Não me deixe ainda pior do que já me encontro. Fale... Grite, mas reaja! Anjo que brilha diante dos meus olhos, explica-me? Teu silêncio dói. Por que ergues essa espada tão reluzente? Vai dar-me a sentença final?
Anjo de misericórdia que com tua espada de justiça e compaixão aparece-me sem explicação. Carrega-me em tuas asas até o feixe de luz no alto dessa pedra e me retira da escuridão pela qual minha vida tem sido trilhada. Voa, anjo. Vai e leva esse pobre homem pecador! Apieda-te de mim! Tem compaixão de minh’alma. Mostra-me a verdade e por meio dela serei liberto da escravidão. Eu deposito a minha confiança em Ti...
Agora sim, desisto!
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Alunos Inteligentes...
Professor: O que devo fazer para repartir 11 batatas para 7 pessoas?
Aluno: Faz um purê de batata, senhor professor!
Aluno: Faz um purê de batata, senhor professor!
Faz sentido!
Professor: - Joaquim, diga o presente do indicativo do verbo caminhar.
Aluno:- Eu caminho... tu caminhas... ele caminha...
Professor: - Mais depressa!
Aluno: - Nós corremos, vós correis, eles correm!
Aluno:- Eu caminho... tu caminhas... ele caminha...
Professor: - Mais depressa!
Aluno: - Nós corremos, vós correis, eles correm!
E não é verdade?
Professor: "Chovia" que tempo é?
Aluno: É tempo muito mau, senhor professor.
Alguma dúvida?
Professor: Quantos corações nós temos?
Aluno: Dois, senhor professor.
Professor: Dois!?
Aluno: Sim, o meu e o seu!
A lógica explica...certinho!
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Uma singela/sincera resposta
Há momentos na vida que ficam marcados em nossa memória como tatuagem gravada na pele. Às vezes momentos bons, tristes, surpreendentes, cômicos, etc. Todos temos algum fato marcante para narrar.
Além da minha carreira profissional de professor, tenho uma vida musical de baterista (um dos meus maiores hobbies). Acontece que tanto no magistrado quanto na música é comum passarmos por algum fato frustrante depois de termos feito algo que parecia ser uma verdadeira obra. Isso é fato. Pois vivi coisa semelhante e quero partilhar.
Certa vez fui convidado a tocar bateria com um ministério de música católica chamado Missão Resgate juntamente com outros amigos músicos, os quais já tocávamos juntos há muito tempo. O evento era um show num congresso para a juventude na cidade do Crato. O lugar muito cheio de gente, muitas crianças e jovens naquele lugar, todos na esperança de um bom momento de louvor e animação, como de fato foi. Só que uma resposta cativou-me bastante. Depois de termos tocado por quase duas horas sem parar um minuto, era chegada a hora dos solos e da apresentação dos músicos. Quando a minha vez de ser apresentado ao público chegou, o cantor da banda anunciou-me e eu fiz um solo de bateria bem curto mas muito legal. Tranquilo! Até aí nada demais.
Daí o inesperado (pelo menos para mim). Nosso cantor pergunta se a plateia havia gostado da apresentação do baterista, dizendo:
- Vocês gostaram do baterista?
A resposta veio de imediato e partiu de uma jovem garota que estava bem à frente do palco. Uma resposta muito sincera, por sinal:
- Nãaaaaaaaaaaaaooo...
Além da minha carreira profissional de professor, tenho uma vida musical de baterista (um dos meus maiores hobbies). Acontece que tanto no magistrado quanto na música é comum passarmos por algum fato frustrante depois de termos feito algo que parecia ser uma verdadeira obra. Isso é fato. Pois vivi coisa semelhante e quero partilhar.
Certa vez fui convidado a tocar bateria com um ministério de música católica chamado Missão Resgate juntamente com outros amigos músicos, os quais já tocávamos juntos há muito tempo. O evento era um show num congresso para a juventude na cidade do Crato. O lugar muito cheio de gente, muitas crianças e jovens naquele lugar, todos na esperança de um bom momento de louvor e animação, como de fato foi. Só que uma resposta cativou-me bastante. Depois de termos tocado por quase duas horas sem parar um minuto, era chegada a hora dos solos e da apresentação dos músicos. Quando a minha vez de ser apresentado ao público chegou, o cantor da banda anunciou-me e eu fiz um solo de bateria bem curto mas muito legal. Tranquilo! Até aí nada demais.
Daí o inesperado (pelo menos para mim). Nosso cantor pergunta se a plateia havia gostado da apresentação do baterista, dizendo:
- Vocês gostaram do baterista?
A resposta veio de imediato e partiu de uma jovem garota que estava bem à frente do palco. Uma resposta muito sincera, por sinal:
- Nãaaaaaaaaaaaaooo...
Os músicos que estavam a tocar comigo deram muitas risadas e todos os que estavam no palco também riram bastante daquele grito tão eufórico. Eu nada pude fazer a não ser fazer aquele sinalzinho de legal para a galera e conformar-me de que nem sempre estamos “abalando com estruturas”, como achamos estar.
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