Era uma ensolarada tarde de sábado no Arizona, Estados Unidos. Marx trafegava com absoluta liberdade em seu Mustang vermelho, na companhia da jovem Lucy. Ambos estavam embebecidos num passeio extremamente fascinante. Um bom papo, maravilhosas canções, uma vista fascinante... Era a conspiração do destino para um momento de puro romantismo.
Por reflexos de um breve momento, Lucy cai em sono tranquilo, enquanto seu amado motorista particular dirigia em máximo êxtase de prazer. Quando a belíssima garota desperta de seu sono, o carro já estava parado à beira de um grande abismo. Ao descer do veículo ela dá de cara com uma espetacular visão do Grand Canyon e o seu Marx sentado, pensativo e silencioso, sobre o capô do carro a ouvir o som do vento pairando sobre a paisagem divina. Ela umedece os olhos em lágrimas e se move em sua direção.
Lucy pergunta ao nobre homem o que ali faziam e ele lhe silencia os lábios com a ponta do dedo, delicadamente, pedindo que apenas se envolvesse em profunda emoção. Assim ela o obedeceu, retirou a jaqueta marrom que usava, tomou seus braços em volta do frágil corpo e se abandonou no silêncio de uma circunstância cinematográfica. Marx, em gestos simples, beijava-lhe o canto da orelha e dizia palavras de um poder descomunal.
Inevitavelmente, ali mesmo, ambos se deleitaram de um amor inigualável em total entrega, no mais puro isolamento, tendo como contemplação a linda imagem de um pôr do Sol que ao longe se escondia parecendo não querer ver tão belo momento acabar.
Foi um amor breve, único e delirante. Os apaixonados se beijam e novamente tornam ao carro envoltos num sorriso que não lhes cabia na face. O potente Mustang tem seus motores acionados e parte deslizando pela estrada adentro como se sua leveza fosse o resultado de um extravaso da alma de seus condutores. Assim, o Sol se põe, a Lua se manifesta brilhante, Lucy adormece sorrindo e Marx dirige seu carro transbordando de paixão.
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