segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Acentos Gráficos em Nomes Próprios de Pessoas

Pâmela e Pamela são a mesma coisa? Cícero e Cicero também? Sérgio e Sergio, André e Andre, Márcio Régis e Marcio Regis... Aparentemente, a ausência do acento gráfico pode não representar nenhum equívoco, mas há um sério risco de algum desavisado pronunciar estes nomes de modo que o seu portador venha a sofrer certo constrangimento. Eu mesmo já vivi isso na própria pele. Pessoas que me corrigiram durante a chamada da frequência escolar por terem seus nomes pronunciados errados.

A falta de acento, em certas ocasiões, proporciona uma pronúncia literal da palavra e isso pode ser um contratempo para a boa convivência (sem exageros). Certa vez, numa relação de frequência havia o nome "Jose Maria" (nome de mulher) pronunciado por mim tal como estava escrito, mas na verdade seu dono era o "José Maria" (nome de homem)... Inevitavelmente, seus colegas de sala deram a maior risada da situação. Eu unicamente tive de pedir desculpas e consertar meu erro. 

Todavia, surge a grande questão: nomes próprios de pessoas precisam ser acentuados como as outras palavras da língua? Para o Formulário Ortográfico de 1943 "os nomes próprios personativos, locativos e de qualquer natureza, sendo portugueses ou aportuguesados, estão sujeitos às mesmas regras estabelecidas para os nomes comuns." Ainda hoje é comum vermos pessoas que justificam a ausência do acento gráfico pelo fato de não constar no Registro de Nascimento. Mas o bom conhecedor da língua reconhecerá a oportunidade de usá-lo convenientemente sem precisar alterar seus documentos. Basta apenas que, por decisão própria e boa vontade, o acento passe a fazer parte de sua rotina e que isso seja corrigido nas situações em que se julgar necessário.

Pelas regras de acentuação da língua portuguesa, recebem acento os seguintes nomes e sobrenomes de acordo com suas devidas regras:

Arnô, José, Eloá, Barnabé, Filó, Inês, Tomás, Antônio, Célio, Márcio, Ambrósia, Cármen, Sílvia, Lívia, Angélica, Quinderé, Teófilo, Aírton, Josué, Vítor, Vinícius, Bárbara, Antônio, Letícia, Getúlio, Cândida, Cássia, Fábio, Luís, Patrícia, Maurício, César, Rogério, Émerson, Dênis, Ânderson, Júlia, Natália, Ângela, Taís, Débora, Jéssica, Cecília, Janaína, Cíntia, Érica, Júnior, Lígio, Nádia,  Betânia, Araújo, Casé, Félix, Aníbal, Flávio, Dóris, Anísia, Marília, Flávia, Custódio, Cléber, Espártaco, Ezaú, Gerlânia, Élen, André, Mônica, Rômulo, Tainá, Piancó, Facó, Sá, Alcântara, Queirós, Uchôa, Palácio   e muitos outros nomes próprios de nossa língua.

A cada um cabe a decisão de usar seu nome corretamente, de acordo com os preceitos gramaticais, ou continuar utilizando da forma como foram registrados. A sugestão foi lançada...

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