Por absurdos, longos e dolorosos instantes
Confirma-se em mim o quão bela tu és
E facilmente percebo que não sou digno
Ao menos de estar aos vossos pés
Não sei por quantas vezes eu já refleti
Talvez foram duas, seis, oito ou dez
Mas facilmente percebi que não sou digno
Ao menos de estar aos vossos pés
E manifesto com palavras o que sinto
Mas nos meus gestos é que se vê através
Que é muito fácil perceber que não sou digno
Ao menos de estar aos vossos pés
Minhas falhas e fraquezas humanas
Resplandecem quando te trato de viés
E esmoreço ao perceber que não sou digno
Ao menos de estar aos vossos pés
Na magnitude de tua beleza deleito-me
E já não mais murmuro, porque ao invés
Nem tento mais perceber que sou indigno
Agora rebaixo-me inteiramente aos vossos pés
domingo, 22 de março de 2015
sábado, 21 de março de 2015
Irracionalidade Global
Será se
ainda hoje os livros de Ciências trazem aquelas velhas definições de que os
animais são "seres irracionais" e os seres humanos são "seres
racionais"? É possível levar estas nomenclaturas tão a sério?
Classificações científicas de antigamente têm validade nos dias de hoje? A
resposta para tais perguntas é fácil, basta apenas que observemos o
comportamento humano na atualidade para que percebamos um agravante de
proporções gigantescas.
A
sociedade vive um período crítico em que valores morais, éticos e familiares
foram substituídos por transgressões ao projeto de Deus e aos princípios
básicos da vida. A Rede Globo de Televisão, mais especificamente os autores de
telenovelas, querem forçar a sociedade a acreditarem que tudo o que é
transmitido para nós é bom e deve ser um exemplo a seguir. O incentivo à
violência, infinitos casos de traição, a criação de filhos mimados e
intolerantes, a submissão de empregadas aos seus respectivos contratantes e
tantas outras maledicências que invadem os lares do Brasil. Nada há de
educativo, nada há de construtivo.
A
novela "Babilônia" nem começou direito e já nos traz absurdos
extremos. Em mim fica uma pergunta que insiste em ressoar em meu pensamento:
por que tanta ênfase em espalhar a cultura gay pelo país? Já aceitamos, já
respeitamos. Pronto! Por que tornar esta situação tão visível para nossas
crianças, para nossos filhos? E agora um casal de idosas! Não somos obrigados a
ver, muito menos a aceitar. Em toda novela há a necessidade de reforçar este
tema, senão a novela não faz sucesso. O que é isso? A que ponto chegamos!
Além
desse tema, outros tantos estão em evidência, tais como, mulheres
ninfomaníacas, homem que tem três esposas, prostituição de luxo, a desunião
familiar, chantagens emocionais, assassinatos frios e cruéis, e muitos outros.
É certo que outros bons temas já foram abordados gerando reflexão e atitude,
mas ultimamente a referência das telenovelas tem sido o que elas geram de mau
nas pessoas.
Este
mundo é vasto, cheio de bons assuntos a retratar de forma mais consistente e
eficaz. Não podemos cruzar os braços e aceitar que a vida contemporânea seja
afetada por cenas e situações que em nada influenciam o nosso bem estar. Se
somos "seres racionais", então racionalizemos o que queremos
assistir. Por si só, estes ideais impregnados em nossas casas cairão por terra e
desaparecerão.
quinta-feira, 19 de março de 2015
Soneto de um Escravo Rei
Tu és reconhecidamente a melhor
E parte de mim envolve o teu ser
És o meu complemento espiritual
Transitando fervorosa ao anoitecer
Transfigura-me esse teu doce olhar
E desequilibra minha fraca estrutura
Na tua presença meu corpo estremece
Ao ouvir tua voz minh'alma se curva
Suprema criatura de minha submissão
Reconstruo em ti meu alegre viver
Recuso minha majestade ao perceber
Que não me resta senão outra opção
Buscar motivação para seguir com fervor
Sendo rei de nações, mas escravo do amor
E parte de mim envolve o teu ser
És o meu complemento espiritual
Transitando fervorosa ao anoitecer
Transfigura-me esse teu doce olhar
E desequilibra minha fraca estrutura
Na tua presença meu corpo estremece
Ao ouvir tua voz minh'alma se curva
Suprema criatura de minha submissão
Reconstruo em ti meu alegre viver
Recuso minha majestade ao perceber
Que não me resta senão outra opção
Buscar motivação para seguir com fervor
Sendo rei de nações, mas escravo do amor
quinta-feira, 12 de março de 2015
Quem está na chuva é para se molhar!
Meu dia começou bem diferenciado. Primeiro pelo fato de ser um dia de domingo; segundo, por eu ter que acordar muito cedo; terceiro, porque eu teria de ir trabalhar, isso mesmo, "tra-ba-lhar"; e quarto, simplesmente pelo fato de ser um dia chuvoso. Tudo o que eu mais desejaria naquele momento era poder continuar deitado e deixar que o sono me conduzisse por longas horas. Confesso que um certo desânimo me dominou e pus-me a reclamar da vida.
Despertei cedo, tomei um banho frio, mesmo estando um pouco atrasado fui à padaria, voltei a minha casa, não pude tomar café com a minha esposa, segui rumo ao trabalho. A chuva torna-se intensa, mas eu estava de carro e certamente isso não era um problema. Chegando à escola, às 7:00 horas da manhã, percebo que não havia ninguém além de outro professor que também esperava para iniciar uma aplicação de provas. Disseram-me então que o início da prova era às 8:00 horas. Isso então revoltou-me , mas tive de ficar comedido. Não pude evitar que o meu descontentamento se tornasse ainda maior.
Sentei-me à entrada da escola e fiquei ali alguns minutos contemplando a forte chuva que caía e me sentia um tanto quanto triste, sonolento e desanimado. Após cinco minutos de chuva forte, escuto o barulho de motocicletas e vozes que gritavam. Eram alunos que chegavam à escola para fazer suas provas. Sim! Eram alunos... e estava chovendo... e era domingo... e iam fazer provas! Todos muito molhados, divertidos, cheios de uma alegria que resplandecia além daqueles pingos d'água. Era impossível descrever quem estava mais molhado.
A alegria daqueles jovens acabou me contaminando e pude perceber que, se para mim era muito complicado estar ali num dia como aquele, para outros parecia ser bem pior. Um por um foram chegando, bem mais molhados, bem mais felizes. Uma jovem chega meio gripada, outro vinha esvoaçante em sua bicicleta, outra chega caxingando porque estava com o pé quebrado, um aluno chegou absolutamente sem camisa, outra sem chinelo, e assim foram aparecendo todos eles. Isso despertou em mim um desejo ardente de voltar aos tempos de criança e convocá-los para uma grande festa na chuva. Tive de me conter.
Meu desânimo foi esquecido e pude perceber que daquela simples situação posso colher alguma lição de vida, principalmente a de que "nem tudo que parece ruim, verdadeiramente é".
"Este texto é dedicado às turmas do 3º ano do Centro Educacional Cenecista Ruy Barbosa. Um abraço para vocês!"
"Este texto é dedicado às turmas do 3º ano do Centro Educacional Cenecista Ruy Barbosa. Um abraço para vocês!"
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