terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Um Natal mais feliz para quem necessita

No início deste mês de dezembro, tive a imensa oportunidade de fazer a entrega de vários livros infantis arrecadados pelos alunos do Colégio Pólos às crianças da Creche São José em Iguatu. Juntamente com Marina, Iana, Thais Helena, Karine e Júnior, nós entregamos os livros àquelas crianças cheias de brilho em seus olhos. Na ocasião, pudemos sentar com elas, contar algumas historinhas e partilhar um pouco da experiência de servir aos que mais necessitam. As irmãs administradoras da creche ressaltaram a importância daquela atitude e nos contaram muitas situações complexas pelas quais as crianças passavam. Para um Natal mais feliz, nada melhor do que fazer o bem a quem precisa. Abaixo seguem algumas fotos do momento da entrega dos livros. Feliz Natal para todos.






















quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Vai me engolir!

O relógio de parede da sala registrava 7:35 da noite, a televisão fazia seus anúncios para o telejornal que logo se iniciaria, meus familiares distraídos com suas ocupações e eu havia acabado de recolher os pratos do jantar e colocado na cozinha. Tive um dia de aula exaustivo, a fadiga já dominara meu corpo e o meu espírito. Nada muito exagerado para um jovem de dezessete anos, mas o suficiente para manter-me preso dentro de casa numa noite de quarta-feira.


Sento-me na poltrona da sala na companhia ilustre do meu pai. Conversamos algumas coisas muito rapidamente, ele pôs-se a ler sua revista Seleções Readers Digest e eu apenas descansava um pouco para logo mais tarde entrar em meu processo sagrado de hibernação. Mas a campanhia toca e meu ilustre pai não esboça a menor reação e continua sua leitura. Ela torna a tocar. Tive a obrigação de deslocar meu pesado corpo cansado para abrir aquele velho e sujo portão de madeira. Da porta de casa até o portão do muro eram cerca de 4 metros que mais pareciam 4 quilômetros. Tentei visualizar algo por entre as brechas da madeira, mas nada vi além de uma sombra.

Vagarosamente abro o portão e me deparo com a presença de uma jovem garota com um rosto bem familiar, mas que não sabia de quem se tratava. Ela me olha com encantamento e cita o meu nome desejando-me boa noite. Respondi-lhe educadamente e perguntei o que desejava, de prontidão a jovem moça diz querer conversar comigo em particular. Achei aquilo meio esquisito, mas obviamente não rejeitei o seu convite e logo tornei para dentro de casa, vesti uma camiseta, passei um pouco de perfume e esqueci até que estava cansado. Meu pai permanecia imóvel, mas perguntou-me aonde eu ia, respondi-lhe que saia para resolver umas "paradas acolá". Ele fez um ar de suspeito e continua a leitura.

Chegando de volta à calçada percebi que a menina parecia apreensiva e ansiosa por alguma coisa. Dirigimo-nos à lateral de minha residência, ficamos um pouco mais reservados e perguntei-lhe seu nome. Ela diz com voz singela: Paula. Disse-me que eu não a conhecia, mas que ela me observava há muito tempo e que sempre foi apaixonada por mim. Esta notícia me surpreendeu e causou-me um riso tímido e encabulado. Ouvi atenciosamente seu desabafo por um rápido instante até que ela me faz um pedido nada inesperado. Perguntou-me se podia me dar um beijo. Pronto! Ela foi simples, rápida e direta. Ri mais uma vez, com mais timidez ainda, esta que sempre foi minha marca registrada. Vendo aquela garota tão determinada a tal ponto de ir pessoalmente em minha casa e dizer tudo aquilo corajosamente, não pude negar-lhe este beijo. 

Mas... Eis que surge a minha frustração! Paula era visivelmente bem mais nova do que eu, além de ser bem mais baixa também. Ela não parecia ter tanta experiência assim com relacionamentos e, pelo que pude prever, com beijos muito menos. Disse a ela pouquíssimas palavras e confirmei que sim, ela teria o beijo que desejava. Neste mesmo instante, ela fecha seus olhos, inclina sua cabeça, estica o pescoço em minha direção e (pior ainda) abre sua boca como quem fosse me dar uma mordida, não um beijo. Assustei-me com aquela visão inusitada e numa fração de segundos pensei comigo mesmo: "Meu Deus! Essa mulher vai me engolir." Pus as mãos em seus ombros e disse-lhe educadamente: "Paula, não precisa ficar tão ansiosa. Deixe as coisas acontecerem naturalmente." Na verdade, meu desejo era de dizer: "Paula, pode fechar um pouquinho sua boca que eu quero ficar aqui do lado de fora." Ela parece ter entendido minha mensagem, mas no momento em que nossos lábios se encontraram seu desejo parecia insaciável. Era uma coisa fervorosa e impulsiva, até parece que aquilo era desejado há uns 50 anos. Quanta sede pra uma jovem só. A sensação de que seria engolido confirmou-se mais uma vez e eu apenas curtia aquele breve momento e ria comigo mesmo, pensando distante: já que é assim, então que assim seja. E tudo fluiu como eu jamais esperava. 

Alguns instantes depois, ela parece ter realizado seu sonho, diz-me muito naturalmente que já precisa ir, abre um sorriso eufórico e sai pela calçada aos pulos como se tivesse ganhado uma rica premiação. Abro um sorriso solitário daquela situação e torno desconfiado ao sofá de casa onde encontro meu ilustre pai em sua incansável leitura. Sento-me ao seu lado e respiro ofegante. Ele move-se em minha direção entendendo o meu suspiro e pergunta: 

- Mulheres?

Respondi-lhe de prontidão:

- Sim,pai, mulheres! 

Ele bate em minhas costas e me diz: 

- Você ainda tem muito o que aprender sobre elas, meu filho!

- Verdade, pai, você tem toda razão.

Daí então, o silêncio reinou entre nós.


domingo, 7 de dezembro de 2014

Clássicos da Literatura Universal 1


A peça teatral “Romeu e Julieta” é mais que uma tragédia de amor. Ela nos traz reflexões e ensinamentos profundos. Seu aspecto atemporal faz com que seja uma obra universal, e isso se justifica, se observarmos o imenso volume de traduções, adaptações, montagens teatrais, versões cinematográficas, artigos e críticas que se tem conhecimento sobre a referida obra. Um livro apaixonante e revoltante ao mesmo tempo. Para mim, esta obra tem um significado muto especial e continuará sendo assim por infinitos anos. Boa leitura!

sábado, 6 de dezembro de 2014

Clássicos da Literatura Universal 2


OS MISERÁVEIS é uma das mais notáveis obras da literatura mundial, expressando a miséria social e a pobreza de espírito de uma época. Além de expressar uma contundente exposição social e política, trafega pela filosofia, história e religião. A obra de Victor Hugo expõe o inferno da desigualdade social há mais de 150 anos, mas que ainda está presentes nestes tempos modernos numa triste realidade. Para o autor, o mundo é o terreno onde se defrontam os mitos, o bem e o mal, a bondade e a crueldade. Uma maravilhosa leitura que já ganhou várias vertentes cinematográficas. É ler para ver... Um abraço!

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Atividade Residencial

Na minha curta carreira profissional como educador já me deparei com todos os tipos de perguntas e situações, mas sempre há algo inovador e surpreendente.
Depois de haver ministrado duas aulas seguidas numa mesma turma, apliquei um exercício de revisão da apostila para que os alunos anotassem em seus cadernos. No recado estava escrito assim:

"ATIVIDADE PARA CASA, PÁGs 184 e 185."

Daí então, uma jovem garotinha levanta seu braço para me fazer uma pergunta. Quando eu autorizei, ela disse em voz mediana:

"Professor, o senhor passou uma atividade para CASA, mas eu moro em um APARTAMENTO. Eu devo fazer também este exercício?"

Inevitavelmente, transpassou em mim uma vontade absurda de rir muito. Tive de me conter, mas os outros alunos caíram na gargalhada. Para amenizar a situação, dei-lhe uma resposta seca e fria... "SIM"!

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Dicas de Interpretação Textual


Em muitas provas de língua portuguesa, ou em quase todas elas, a interpretação de texto é fundamental para um entendimento eficiente dos quesitos de cada questão. Na verdade, a interpretação é um requisito importante para o entendimento de toda a prova e não apenas das questões de português. Isso é evidente principalmente no ENEM, que aborda imagens, tirinhas, letras de canções, notícias, opiniões etc, e uma leitura atenta e criteriosa fará com que o candidato tenha um excelente desempenho na leitura e análise dos diferentes textos.
Eis aqui algumas dicas que podem facilitar seu raciocínio nas questões de interpretação textual.

01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente;
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes ou mais;
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
08. Identificar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10. Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;
12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva;
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta;
16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;
17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto. Ex.: Ele morreu de fome.
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele").
Ex.: Ele morreu faminto.
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.;
19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as ideias estão coordenadas entre si;
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Versos avulsos 5

Eu hei de debruçar meus olhos
e contemplar-te sorrindo
Hei de falar teu nome e cantar
pelos cantos sentindo.


Hei de criar cicatrizes nas brechas
de meu peito mudo
Hei de enxergar tua face e amar-te
na vida mais do que tudo.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

A Lei da Palmada

(Texto produzido por ocasião de um seminário sobre a Lei da Palmada em Março de 2014)

Autores:
Marcos Leandro de Matos e Matheus Leandro de Matos - Colégio Pólos de Iguatu.

Vamos falar agora de uma lei
De graças, é excelente
Acaba com a palmada
E atormenta o adolescente
E orienta as crianças 
De uma maneira diferente.

A lei da palmada é direcionada
Pra proibir a violência e humilhação
Protegendo a criança e o jovem
De todo tipo de agressão
E punindo os agressores
Responsáveis por qualquer judiação.

Essa lei diverge de opiniões
Desde sua formação
Às vezes leva o adolescente
Para uma discreta omissão
Pois todo jovem precisa
De uma firme educação

Ficava em cima da mesa
Na escola a palmatória
E todos temiam na sala
Ela gravou forte na memória
Mas todo aluno reclamava
A dor que ela causava
Imprimindo a sua história.

Vamos encerrar este cordel
Com muita satisfação
Agradecendo ao professor Lincoln
Por sua orientação
Que nos ensina todo dia
Trabalhando com alegria
E com muita dedicação.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Uma boa dica de leitura


Durante seu discurso de posse, o senador Belizário Bezerra, o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras, cai fulminado no salão do Petit Trianon. A morte de outro confrade, em circunstâncias semelhantes - súbita, sem sangue e sem violência aparente -, traz uma tensão inusitada para a tradicionalmente plácida casa de Machado de Assis: um serial killer literário parecia solto pelo pacato Rio de Janeiro de 1924, e não estava pra brincadeira. Queria ver mortos todos os imortais.

Os "Crimes do Penacho", como a imprensa marrom apelidou a série de assassinatos, despertaram a curiosidade do comissário Machado Machado, um tipo comum na paisagem carioca não fosse o indefectível chapéu-palheta, a pinta de sedutor irresistível e a obstinação em provar que aquelas mortes jamais poderiam ser coincidências. 

Em sua investigação, que serpenteia entre um chope e outro no Café Lamas, uma visita ao teatro São José, uma passada no cemitério São João Batista e outra na Lapa, Machado Machado encontra suspeitos por toda parte: políticos, jornalistas, religiosos, nobres falidos, embaixadores, crupiês, poetas maiores e menores, homens de letras, magnatas da imprensa, alfaiates e atrizes francesas, quase todos com um pendor inescapável para o assanhamento e a malandragem.

Assassinatos na Academia Brasileira de Letras alia o sabor da prosa de Jô Soares a uma pesquisa histórica que reconstitui nos mais ricos e engraçados detalhes um Rio de Janeiro que até agora não estava nos livros: parecia estar apenas na memória de quem o viveu. Jô mistura erudição e humor, texto e imagens, suspense e comédia de costumes - fórmula secreta que, na mão dos grandes autores, garante a marca da melhor literatura.

CURSO REDIGIR IGUATU

CURSO REDIGIR IGUATU
Curso específico de Língua Portuguesa e Redação para ENEM, concursos e outros vestibulares.