"Escrever é mais que ter caneta e papel nas mãos, é andar pela estrada do coração."
(Plinio Neto)
Imagine você que todo ser humano é como uma caneta. Ao nosso redor, temos uma carcaça que nos protege e guarda o conteúdo interno do que temos. Se o tubo da caneta é perfeito, mas seu refil de tinta não desempenha bem o seu papel, então de nada ela valerá. Se aos olhos do mundo transparecemos estar bem, perfeitos, intocáveis, há de se avaliar antes o que existe dentro de nós. Caso o tubo da caneta esteja quebrado, sujo, arranhado, imperfeito, mas seu refil de tinta funciona com perfeição, ela ainda assim será capaz de escrever belíssimas histórias até que a última gota de tinta lhe seja consumida. O ser humano, por vezes falho, também é assim. Ele tem limites, sua "tinta" também se esvazia. Do lado de fora você observa um tubo perfeito, ideal. Por dentro não tem noção de até onde aquela tinta ainda escreverá algo e assim persiste. Tubo bom em refil seco nada significará. Tubo velho em refil bom muita coisa renderá. Que saibamos escrever a história da nossa vida com tinta permanente e que nos preenchamos sempre a iniciar dos recônditos mais íntimos do nosso ser.